3 de dezembro de 2013 00:00

Presidente da Casal diz que saneamento precisa de mais atenção

Para Álvaro Menezes, a sustentabilidade dos serviços está ligada à eficiência, resultados e gestão

Álvaro Menezes: “É preciso entender o saneamento como um negócio”

“Apesar dos elevados recursos disponibilizados ultimamente para aplicação em saneamento, o setor ainda não recebeu a devida atenção.” A revelação foi feita pelo presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Álvaro Menezes, durante palestra proferida nesta terça-feira (3), no III Congresso de Engenharia das Alagoas, que se realiza no auditório do Senai, em Maceió, numa promoção do Clube de Engenharia de Alagoas.

Para Menezes, não bastam recursos, financiamentos e obras. “É preciso entender o saneamento como um negócio”. Com essa percepção, segundo ele, se revela a importância da gestão e dos resultados. Ele afirma que os avanços na área de saneamento só se realizam com planejamento, tecnologia, gestão, principalmente financeira, inovação, controle real, regulação e revisão da legislação. Dessa forma – acredita -, será possível oferecer à população serviços com mais qualidade.

Depois de traçar um panorama dos serviços de saneamento no Brasil e, especialmente, em Alagoas, Menezes enfatizou que a sustentabilidade dos serviços de saneamento está ligada à eficiência, resultados empresariais e gestão eficaz. Os modelos de gestão das corporações só se viabilizam, a seu ver, com satisfação de clientes e acionistas.

Menezes considera a Casal como uma pequena empresa de grandes resultados, mostrando os avanços empresariais que renderam à companhia prêmios nacionais e estaduais pela busca da excelência na gestão e da melhoria dos serviços que presta à comunidade. Ele citou a tecnologia adotada no controle de perdas, a exemplo dos Distritos de Medição e Controle (DMCs) e Válvulas Reguladoras de Pressão (VRPs), que melhoraram significativamente o abastecimento de água de Maceió, como fruto do novo modelo de gestão introduzido na Casal a partir de 2007.

O contrato de transferência de tecnologia com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), de acordo com Menezes, foi o grande propulsor dos avanços que aconteceram no controle de perdas. “Trata-se de uma experiência exitosa, que, hoje, é modelo para empresas do Brasil e do exterior”, concluiu.

3 de dezembro de 2013 00:00