
Captação de Pão de Açúcar fornece água para 18 municípios da Bacia Leiteira
A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) comemora, nesta quarta-feira (4), o aniversário de 522 anos de descobrimento do Rio São Francisco. Nada mais justo, portanto, do que ressaltar a importância do Velho Chico (apelido carinhoso dado pelos nordestinos) para o abastecimento de água das regiões Agreste, Sertão e da Bacia Leiteira do estado de Alagoas.
Ao todo, a Casal capta e trata a água do São Francisco que irá abastecer 39 municípios alagoanos. São eles: Batalha, Belo Monte, Cacimbinhas, Carneiros, Dois Riachos, Jacaré dos Homens, Jaramataia, Major Izidoro, Maravilha, Monteirópolis, Olho d’ Água das Flores, Olivença, Ouro Branco, Palestina, Pão de Açúcar, Poço das Trincheiras, Santana do Ipanema, São José da Tapera, Senador Rui Palmeira, Água Branca, Canapi, Inhapi, Delmiro Gouveia, Mata Grande, Olho d’ Água do Casado, Pariconha, Piranhas, São Brás, Traipu, Olho d’ Água Grande, Campo Grande, Feira Grande, Lagoa da Canoa, Arapiraca, Piaçabuçu, Coité do Nóia, Girau do Ponciano, Craíbas e Igaci.
As populações dessas localidades, segundo o senso realizado pelo IBGE em 2022, somam mais de 500.000 habitantes. A água que vai abastecer essas pessoas é captada por estações de captações da Casal localizadas em Pão de Açúcar, Piranhas, Inhapi (Canal do Sertão), São Brás, e outras duas nas cidades de Piaçabuçu e Traipu.
Atividade econômica em Alagoas
Além de prover água para consumo humano, o Velho Chico possibilita o sustento de pescadores artesanais alagoanos, é usado na produção de energia (Usina Hidrelétrica de Xingó), fortalece o Turismo em municípios como Piaçabuçu (foz do rio) e Piranhas (cânions), além de possibilitar a irrigação para atividades de agricultura e pecuária.
História e Geografia
O São Francisco foi descoberto em 4 de outubro de 1501 pela expedição composta de três naus comandada pelos navegadores Gonçalo Coelho e Américo Vespúcio. O corpo de água foi, nessa oportunidade, batizado em homenagem ao santo celebrado na data. Já os povos indígenas, que há muito habitavam a região, chamavam-no de Opará, que significa algo como “rio-mar”.
Já a alcunha de Rio da Integração Nacional vem do fato do rio passar por cinco estados brasileiros (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe), atravessando mais de 500 municípios. Sua navegabilidade propícia permite a conexão entre as regiões Sudeste e Nordeste.
O entendimento sobre a localização da nascente do São Franscisco passou por alterações em 2002 após estudo conduzido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A partir daí, passou-se a considerar que a cabeceira corresponde ao Rio Samburá, em Medeiros, Minas Gerais. Contudo, a Serra da Canastra, localizada em São Roque de Minas, no mesmo estado, segue considerada como a nascente histórica do Rio.