Encontro promovido pela Fiea reuniu representantes do setor público e privado para discutir implementação do estudo sobre reuso de efluentes para fins industriais em Alagoas.
O presidente Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Luiz Neto, participou, nesta quarta-feira (23), de uma reunião estratégica promovida pela Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), com o objetivo de discutir os próximos passos do estudo “Reuso de Efluentes para Abastecimento Industrial: Avaliação de Oferta e da Demanda no Estado de Alagoas”.
O encontro, realizado no Observatório da Indústria, reuniu representantes de diversos órgãos públicos e empresas privadas envolvidas com a temática do reaproveitamento hídrico, formando uma importante rede de colaboração intersetorial.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Fiea e o Governo de Alagoas. O objetivo é posicionar o estado como referência nacional em práticas sustentáveis de reuso de efluentes para aplicações industriais, especialmente em regiões onde o acesso à água é mais crítico, como o Sertão alagoano.
A proposta, que foi discutida na reunião, visa viabilizar, por meio de parcerias estratégicas, investimentos direcionados e adequação regulatória, o uso racional da água nas atividades industriais, com foco especial em regiões onde o acesso a recursos hídricos é mais crítico, como o Sertão alagoano.
Para o presidente da Casal, Luiz Neto, a iniciativa reforça o papel estratégico do saneamento básico na sustentabilidade e no desenvolvimento do Estado. “Reaproveitar a água é uma escolha inteligente, ambientalmente responsável e economicamente viável. A Casal se orgulha de integrar esse esforço coletivo e contribuir com soluções que preservam os nossos recursos hídricos e garantem abastecimento seguro para as próximas gerações”, destacou.
Segundo José da Silva Nogueira Filho, vice-presidente da Fiea, o tema ganha urgência crescente diante do agravamento da escassez hídrica em diversas regiões. “Água não é um recurso infinito. Este estudo mostra possibilidades concretas de aplicar o reuso, sobretudo em áreas com maior dificuldade de captação, como o Sertão”, destacou.
A especialista em Políticas e Indústria da CNI, Maria do Socorro Lima Castello Branco, ressaltou o pioneirismo de Alagoas nas concessões de saneamento, fator que tem impulsionado iniciativas sustentáveis como o projeto de reuso. “Alagoas foi o primeiro estado do Brasil a avançar nesse modelo. O próprio nome do estado remete às suas lagoas, e é fundamental que a população se reconheça como guardiã dessa riqueza hídrica. A articulação feita aqui é inédita”, observou.
Conforme explicou Júlio Zorzal, assessor técnico do Sistema Fiea, o encontro marca o início da fase de implementação do estudo. “Estamos avançando da teoria para a prática. O próximo passo é apresentar os resultados às empresas e instituições estratégicas”, informou, acrescentando que o reuso de efluentes já foi reconhecido como prioridade no Fundo Clima do governo federal.
A reunião contou com a participação de representantes da BRK Ambiental, da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal), da Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh) e do Banco do Nordeste (BNB).
O estudo completo pode ser acessado no portal da Fiea: www.fiea.com.br
